Studio Rocco

Rua Caldas Júnior. Porto Alegre, RS. 2007.

Projeto desenvolvido sobre fachada existente, datada de 1926, para o atual proprietário (GBOEX). Vencedor de concurso promovido em parceira entre Faculdade de arquitetura da UFRGS, GBOEX, Iphan e Projeto Monumenta.

O edifício Rocco é lindeiro ao Edifício Tuiuti (1925) e ambos são de estilo eclético com alguns elementos art nouveau. O projeto original é de autoria do arquiteto Domingos Rocco, responsável também pelo Cine Theatro Capitólio (1927). Atualmente é propriedade do Grupo GBOEX (Grêmio Beneficente de Oficiais do Exército). O Ed. Rocco era composto, originalmente, por duas residências e um anexo (garagem). Após passar por diversos usos e, infelizmente, um incêndio, encontra-se com apenas a fachada (restaurada e sem esquadrias) e duas paredes estruturais internas.

A busca de uma atividade para o Ed. Rocco teve como premissa que esta servisse aos atuais freqüentadores do centro, sem repetir temas e nem competir com atividades tradicionais e sim tendo a intenção de disponibilizar qualidade para os usuários do bairro (tanto moradores como, principalmente, pessoas que usam o centro para suas atividades profissionais), evitando deslocamentos e promovendo a permanência qualificada de pessoas no bairro.

Buscando atender a demanda existente para atividades complementares, o tema proposto é o Studio Rocco, uma academia de pilates conveniada com a rede mundial de escolas "The Pilates Studio".
O projeto compreende sala de administração do Studio, vestiários com chuveiros, depósito de materiais, duas salas de aulas em grupo (de 40 a 70m²), uma sala de aulas individuais com aparelhos (de 80 a 100m²), cobertura com ambiente externo para aulas eventuais, sala departamento médico (avaliações físicas e nutricionais), um bar/restaurante temático aberto ao público externo e uma loja de artigos esportivos e roupas adequadas à prática do pilates aberto ao público externo.
A estratégia de ocupação do terreno foi elaborada de forma que o bar e a loja possam servir ao público externo e aos alunos da escola. Também buscamos agrupar os sanitários para reduzir as instalações. Assim, localizamos a circulação vertical e as áreas úmidas no fundo do terreno, voltando às salas de aula para a fachada principal, permitindo a operação original das suas janelas.

A administração e o departamento médico ficaram no lado direito do terreno, no entanto, neste ponto, havia um desnível nas esquadrias da fachada. Assim, para evitar degraus no interior, optamos por recuar a fachada criando uma máscara neste volume. Na cobertura, criamos um volume revestido com brises fixos de madeira que serve par abrigar a caixa d´água e permitir a chegada da circulação vertical, para que a cobertura seja utilizada. A vegetação e o deck conferem uma atmosfera tranqüila e agradável onde, eventualmente, podem ocorrer aulas, reuniões informais, além de ser uma área de lazer. Neste projeto foram consideradas tecnologias alternativas para conferir maior efiência energética ao projeto, como placas solares, cobertura verde intensiva, sistema de tratamento de água e ventilação cruzada com efeito chaminé.
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